segunda-feira, 21 de abril de 2008

O Professor e o Eleitor

O sistema eleitoral em Campos, como em outras partes do Brasil, chegou ao fundo do poço. Os políticos e até Empresários descobriram um modo muito eficiente de chegar e/ou permanecer no Poder. Quanto mais miséria, menos educação de qualidade, um sistema de saúde deficitário, os pés plantados nas valas negras , transformam a população em uma excelente e fácil matéria prima, para os seus projetos.
Aí fica fácil, convencem o voto com 50 ou 100 reais, tomam conta das chaves do cofre, de preferência de uma Prefeitura rica como Campos, monta uma bancada de apoio, convencida com bastante $onífero. Então é só aguardar e arrecadar para as próximas eleições.
Como reverter esse quadro, quando parece que todos os políticos são iguais. Estamos sugerindo a alternativa através da Educação. O Professor, quer queira ou não, sempre vai ter à sua frente jovens que estão começando sua vida cívica. Que tal, sem partidarizar ou fazer propaganda de candidatos, começar a dizer para o aluno que ele tem que participar da política maior. Que ele tem que tirar o seu título, mesmo que seja já aos 16 anos, e que ele tem nas mãos a arma mais eficiente contra aqueles aventureiros que usam da miséria para encher o bolso, em detrimento do seu futuro. É dizer-lhes que 2 + 2 = 4. Mas se o político for desonesto, 2 + 2 = 0. E na hora de repartir o bolo, a sua melhor parte vai ser aquela que cair da mesa.

3 comentários:

xacal disse...

Caro bom amigo félix, o gato félix...

Concordo que a ausência de instrumentos de discernimento, em boa parte fornecidos dentro da educação formal (escolas), é uma das variáveis que fragilizam o eleitor, mas não é a única, e nem sequer preponderante...

Os núemros não nos deixam dúvida, nos últimos anos a urbanização de nossa região, e aumento das receitas, via royalties, repercutiu no aumento de vagas e alunos na rede pública e privada...esse fenômeno não é só local, mas aqui assume sua características...

É verdade que os índices de aproveitamento são ruins, mas são o primeiro sintoma da universalização, infelizmente...

O que acontece em Campos em seu processo eleitoral e político é muito mais grave e estrutural...

A prefeiturização de nossas relações deslocou todo o eixo da vida política, econômica e social para dentro da máquina administrativa...

Esse modelo que necessita cada vez mais de recursos para se implementar e se legitimar foi aceito por boa parte da população, que não são vítimas ignorantes e famintas...

São pessoas que escolheram a forma mais fácil de resolver seus problemas, tomando como exemplo os "atalhos" que seus representantes trilham para o exercício do poder...

Dinheiro não tem cheiro, e nem leva desaforo para casa...

xacal disse...

perdão
(...)os números não deixam dúvidas(...)

(...)são os primeiros sintomas (...)

felixmanhaes disse...

Meu Professor Xacal, perfeitamente correta a sua observação. Todavia, continuo achando que apesar disso, ainda somos torno de 30% que, apesar das dificuldades, não se vendem, não vivem às expensas da prefeiturização. E olha que esse contingente terá certamente alguma influência sobre os demais. Estou otimista que alguma coisa vai começar a mudar. Sinto no ar essa movimentação. Quem sabe ela não começa no sábado, dia 26.

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