Até um quitandeiro vê essa necessidade. Ele tem que controlar a movimentação de sua quitanda. E o que ele faz. Corta um pedaço de arame, dependura nas tábuas do seu estabelecimento, e alí fisga as suas anotações contábeis. O único risco que ele corre é de bater um vento forte e o seu controle ir pro espaço. Mas como o négocio é seu, dane-se os outros. O prejuizo ou descontrole será só seu.
Mas uma Prefeitura, a sexta mais rica do Brasil, não ter contabilidade é um absurdo. Essa constatação foi feita quando o ex-Prefeito Carlos Alberto Campista assumiu o Governo. Não ter um mecanismo contábil, para registrar a movimentação de 1,5 bilhão, ou é uma temeridade ou má fé. Os recursos que entram nos cofres públicos todos sabem, mas a sua destinação a população não tem conhecimento.
Que tal o Prefeito atual, Roberto Henriques, determinar a contratação de uma Empresa de Auditoria Externa, idônea, independente, para fazer esse levantamento contábil e, ao mesmo tempo, implementar esse controle severo das receitas e despesas.
Ele tem tomada algumas medidas sérias e do agrado da maioria da população. É bom que ele tome logo essa iniciativa. A situação pode mudar de uma hora para outra. Afinal, os textos das leis, parecem que foram feitos muito mais para criar do que dirimir dúvidas nos contraditórios da sociedade. São recursos, interpelações, embargos, habeas corpus e até já criaram o habeas corpus preventivo.
Isso para o cidadão que tem dinheiro, porque o lascado, aquele bem fuzileque, rouba um frango para matar a fome, é obrigado a confessar até que foi o responsável pela queda do telhado de vidro e, em 3 dias, já está na casa de custódia. Mas aquele que tem recurso, é diferente. O seu acesso a bons e influentes advogados , dão a ele a garantia de que poderá pagar, mas vai levar muito tempo, de preferência que o seu delito seja prescrito por decurso de prazo.
Se fizermos uma retrospectiva vamos constatar que nos últimos 30 anos, não se tem notícia de ninguém que estivesse preso por corrupção. Na sua maioria, ou os processos foram arquivados ou "descansam" nas gavetas profundas dos tribunais.
Não somos nenhum guarda-livros ou auditor. Todavia, estamos convictos de que um bom controle dos recursos que entram e principalmente dos que saem e em que são gastos, vendo o seu custo benefício, transformaria nossa Campos dos Goytacazes em uma Prefeitura Modelar para o resto do País. E quem isso fizesse teria feito a maior propaganda séria de auto promoção política, o credenciando a ter sucesso em qualquer disputa eleitoral em que se lançasse candidato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário