quarta-feira, 30 de abril de 2008

PT NÃO ACEITA RETORNAR AO GOVERNO MOCAIBER


Em reunião encerrada em torno de 22.30 horas, com o Prefeito Alexandre Mocaiber e a convite dele, a Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores, comunicou o que já havia sido decidido na última reunião do Diretório Municipal - O PT não vai ocupar os cargos na Administração Municipal. Presente ao encontro, estava o Dr. Mackoul.

A política exige um pouco de paciência

Tem sido comentada de forma muito frequente na rede blog a equivocada particpação do PT no Governo Municipal. Talvez o ideal seria que aqueles dirigentes fossem a público e fizessem a sua mea culpa, uma vez que nos bastidores já há esse reconhecimento. Não seriam necesárias 20 ou 30 vergastadas, num açoite público até que o vermelho da estrela estivesse à mostra.
Não, seria uma nota na Imprensa (e ela já foi redigida) de preferência em toda ela (rádio, televisão e jornais). No entanto, nós sabemos que isso é financeiramente inviável (Qualquer filiado poderá comparecer a uma reunião do Diretório e perguntar pelo saldo bancário da sigla). Para alguns outros partidos, talvez não. E para os detentores desses meios de comunicação ou para os políticos seus íntimos, nada custaria. Todavia só uma nota em um determinado jornal da cidade não ficaria por menos do que 6 mil reais. Em outro, um pouco mais barato, ou até de graça, porque interessaria ao jornal e ao grupo que o comanda o teor da retratação. Quando se parte para a televisão, o preço é 5 vezes mais.
Enquanto membro da Direção Executiva do Partido, achamos que o momento é de um pouco de paciência. Hoje, haverá um encontro do grupo que participou do governo, com o Prefeito. A expectativa é que os mesmos, ao fazerem esse encontro, comuniquem ao Prefeito a decisão do Diretório Municipal (foram 35 votos favoráveis e l abstenção) da intenção da não participação mais nesse governo, pelos motivos que todos sabemos. Primeiro não implantação das políticas que o PT indicou, apesar de ao participar dele ter produzido alguma coisa de positiva, a exemplo do fim da inadimplência do Governo Municipal com o Governo Federal, retornando a possibilidade do envio das verbas federais. Aí alguém poderia indagar. Para que, para serem desviadas de novo. Cabe a nós protestar e muito mais à Câmara de Vereadores fiscalizar, o que não fazem. Segundo, pela suspeição desse governo produzir desvio de verbas (vide PF e MP).
Se esse retorno se desse, seria à revelia do Diretório, o que caberia medidas severas e urgentes, que passam pela Comissão de Ética do Partido. Quanto ao mais, é aguardar e não se precipitar. O PT está acima de alguns companheiros equivocados e, como já disse, poderá aglutinar novamente vários companheiros históricos do Partido(conversas adiantadas nesse sentido já são produzidas) e outros militantes que por motivo outros estavam afastados, podendo produzir junto a esse movimento e aos outros partidos que pensam na mesma direção os resultados e intervenções que desejamos. Para finalizar, gostaria de ressaltar que toda esse movimento no sentido contrário à participação, depois pela saída do governo e agora pelo não retorno, deve-se à contribuição séria que a minoria coerente, que vários companheiros ajudaram a construir, tem produzido.

domingo, 27 de abril de 2008

Nariz de Palhaço e Cara na Reta


Nem todos no PT concordam com o método, atalhos e práticas produzidas por alguns dos seus membros para chegar ao poder, movido pela ansiedade e pelo comodismo das "alianças".

Realmente, você pegar um cavalo no pasto, amansá-lo, cuidar dele, treinar, encilhar, dá um trabalho! No entanto, pegar um mangalarga, marchador, na porta, já selado, é meio caminho andado. Continuo pensando da mesma forma que penso desde quando entrei no PT, atraído pela sua forma democrática de fazer política, sem dono nem cacique e aonde o voto, a proporcionalidade e as instâncias ensejam o emplacamento de idéias, mesmo que de forma minoritária.

Não dá para você fazer aliança com quem pensa o poder, tendo como motivação principal alguns projetos pessoais que visam se dar bem. O visitante virtual sabe muito bem o porque, mas nunca é demais esclarecer. Quando você faz alianças com esse tipo de pessoas, em decorrência, vem a cumplicidade, a obrigação, o dever favor, o financiamento, o rabo preso e uma intimidade tamanha com o lado podre da política que, depois de eleito, você fica igual à maioria dos nossos vereadores, com aquela sonolência e subserviência que o levam a compor, sem direito de reação, a bancada de apoio daquele que o fez chegar ao Poder, em nome de uma "governabilidade" que tem o povo em plano secundário.

Na ausência desse parceiro ideal, sou favorável a uma caminhada solo. Mas para isso, é necessário conter a ansiedade. Fazemos parte da história, mas para fazer as coisas acontecerem demanda tempo e paciência.

Sempre sugeri, e continuo sugerindo que peguemos o Programa de Governo do PT, que tem tudo a ver com o bem estar da população, dar a ele uma versão didática, através de folhetins e levá-lo para discutir com os movimentos sociais. Mas para isso, é necessário saber quem pode fazer essa tarefa. Não dá para você chegar perto do eleitor com bafo de adesista inconsequente, nem aliancista com o lado nefasto da política. Mas esse é o caminho. No ato de ontem, já percebi que isso é possível.

Os jornalistas, a exemplo do Vitor Menezes e Ricardo André (foto), outros bloguistas como Roberto Moraes, Fábio Siqueira, Xacal, Gustavo Ouviedo, Gustavo Rangel e outros, estudantes, professores e demais companheiros que pensam uma Campos diferente deram esse exemplo. É preciso ter a coragem de colocar o "nariz de palhaço", a cara na reta, não ter medo do filme ou da foto que o vá deixá-lo mal na fita.

Aliás, é bom ressaltar o papel dos blogs, como núceo de mídia para se colocar como alternativa à imprensa de Campos, onde vemos de um lado A Folha da Manhã, defendendo quem está no Poder, com unhas e dentes, porque é quem paga regiamente as suas contas e de outro lado, o Diário, a serviço do grupo que quer chegar ao Poder. Ambos em detrimento do papel importante de dar cobertura isenta e imparcial aos fatos (estranho, por mais "invisível que fosse o Chega de Palhaçada, nenhum dos dois deram publicidade ao evento).

No Partido, nas eleições de 2006, sem recursos e apoio, nos constituimos na 3ª força eleitoral de Campos e a 1ª se não fosse permitida a compra deslavada de votos. Todavia, alguns anisiosos tomaram um outro rumo. Mas dá para recuperar. É hora de sentar, reconhecer os equívocos e usar uma ferramenta eficiente nestas ocasiões, que é o conversar, o entender-se, o deixar de lado o personalismo e a vaidade e retomar o que estava dando certo.

sábado, 26 de abril de 2008

Movimento natural e sem chapa branca


Para nós foi uma surpresa muito agradável a qualidade e até a quantidade de companheiros que compareceram ao Largo da Imprensa. O Movimento "Chega de Palhaçada" teve como característica o não estar financiado por alguma chapa branca, nem partidarizado, apesar dos companheiros que compareceram ao Protesto estarem ligados a algumas siglas partidárias. Foi excelente começo. Os grandes movimentos Direta Já, Fora Collo, e outros, começaram assim, de forma expontânea, natural. Inúmeros bloguistas compareceram, embora muitos deles não se conhecessem. Mas mesmo assim, esse movimento promete. Lá na frente estaremos estreitando mais nossos contatos.

Sou testemunha, compareci e quero parabenizar o Blog Urgente e seus valorosos jornalistas, ao Roberto Moraes, ao Eu penso Que do eficiente e valoroso Ricardo André, a quem peço permissão e desculpas pela ultilização da sua foto (onde apareço com os companheiros Fábio Siqueira e Luciano D'Angelo), o Fábio Siqueira e outros. Embora estivessem lá, não consegui identificar os inúmeros outros bloguistas. Onde estavam o Kabrunco e o Lamparão? Apesar de prometido, não sei se o Djahojinho compareceu. Ele havia prometido asfixiar alguns marimbondos na palma da mão. Será que ele compareceu disfarçado de anônimo. Ou seria aquele que mascarado? Não deixou de ser uma decepção, como não tive a chance de conhecer o meu Guru e redator de A Trolha, o Venerável Xacal .Mas valeu a pena e todos merecem os nossos aplausos. Podem me chamar que eu vou.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Chega de Palhaçada!

Visitando hoje o nosso companheiro José Ricardo Bastos, um dos melhores zagueiros, que estes olhos viram jogando pelo Goytacaz, fazendo da divulgação do evento do próximo sábado, dia 26, às 10 horas, no Largo da Imprensa, tive uma grata satisfação. O mesmo é visitante costumeiro de blogs e já estava sabendo. Para aumentar a nossa satisfação, o mesmo garantiu a sua presença e de alguns convidados seus. É a garantia da presença de um sujeito cidadão,na verdadeira expressão da palavra, que de há muito também vem protestan do contra essa desclassificada política praticada em Campos. Nos encontraremos lá! Seja bem vindo, Zé!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Deu no Blog do Fabiano Seixas

Discurso do candidato antes da posse:
Nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.
Discurso do candidato após a posse:
Basta ler o mesmo texto, de baixo para cima.

O Professor e o Eleitor

O sistema eleitoral em Campos, como em outras partes do Brasil, chegou ao fundo do poço. Os políticos e até Empresários descobriram um modo muito eficiente de chegar e/ou permanecer no Poder. Quanto mais miséria, menos educação de qualidade, um sistema de saúde deficitário, os pés plantados nas valas negras , transformam a população em uma excelente e fácil matéria prima, para os seus projetos.
Aí fica fácil, convencem o voto com 50 ou 100 reais, tomam conta das chaves do cofre, de preferência de uma Prefeitura rica como Campos, monta uma bancada de apoio, convencida com bastante $onífero. Então é só aguardar e arrecadar para as próximas eleições.
Como reverter esse quadro, quando parece que todos os políticos são iguais. Estamos sugerindo a alternativa através da Educação. O Professor, quer queira ou não, sempre vai ter à sua frente jovens que estão começando sua vida cívica. Que tal, sem partidarizar ou fazer propaganda de candidatos, começar a dizer para o aluno que ele tem que participar da política maior. Que ele tem que tirar o seu título, mesmo que seja já aos 16 anos, e que ele tem nas mãos a arma mais eficiente contra aqueles aventureiros que usam da miséria para encher o bolso, em detrimento do seu futuro. É dizer-lhes que 2 + 2 = 4. Mas se o político for desonesto, 2 + 2 = 0. E na hora de repartir o bolo, a sua melhor parte vai ser aquela que cair da mesa.

Estudantes, o futuro também é seu




Chega de nos fazerem de palhaços, com todo o respeito que este profissional do riso merece. Você, estudante, que foi expulso dos bons colégios particulares, por não poderem pagar e jogados ao ensino público, para o qual os governantes pouco ligam. Fiquem atentos, o futuro também é seu. A sua empregabilidade, a sua chance no mercado laborial depende exclusivamente de vocês. Saibam que a quantidade de postos colocados a sua disposição, estarão cada vez mais seletivos e diretamente direcionados à atuação dos políticos que hoje comandam nosso Município.


A implantação de novas Indústrias tem que ser através de um projeto sério e menos virtual e que realmente ofereçam trabalho para estes profissionais que são produzidos a cada ano jogados no mercado. Não dá para "incentivar" novas Empresas, algumas de fachada, que estão falindo ainda no começo, levando para o ralo, os recursos municipais fomentados pelo Fundecam. Vocês juventude estudantil, aquela que não é bancada pelo poder público para compor cenários de vergonhosos embates, não podem ficar em silêncio.


Está nascendo um movimento natural de bloguistas, professores, profissionais, enfim, de pessoas que acham que a situação de Campos chegou a um ponto máximo de vergonha e marcado para o dia 26 de abril, às 10 horas, no Largo da Imprensa, em Campos. Vamos para lá, de forma ordeira, democrática, mostrar a nossa contrariedade. Vamos nos vestir de preto, pintar a cara, colocar nariz de palhaço, peruca e protestar.


Controlar a Contabilidade


Até um quitandeiro vê essa necessidade. Ele tem que controlar a movimentação de sua quitanda. E o que ele faz. Corta um pedaço de arame, dependura nas tábuas do seu estabelecimento, e alí fisga as suas anotações contábeis. O único risco que ele corre é de bater um vento forte e o seu controle ir pro espaço. Mas como o négocio é seu, dane-se os outros. O prejuizo ou descontrole será só seu.

Mas uma Prefeitura, a sexta mais rica do Brasil, não ter contabilidade é um absurdo. Essa constatação foi feita quando o ex-Prefeito Carlos Alberto Campista assumiu o Governo. Não ter um mecanismo contábil, para registrar a movimentação de 1,5 bilhão, ou é uma temeridade ou má fé. Os recursos que entram nos cofres públicos todos sabem, mas a sua destinação a população não tem conhecimento.

Que tal o Prefeito atual, Roberto Henriques, determinar a contratação de uma Empresa de Auditoria Externa, idônea, independente, para fazer esse levantamento contábil e, ao mesmo tempo, implementar esse controle severo das receitas e despesas.

Ele tem tomada algumas medidas sérias e do agrado da maioria da população. É bom que ele tome logo essa iniciativa. A situação pode mudar de uma hora para outra. Afinal, os textos das leis, parecem que foram feitos muito mais para criar do que dirimir dúvidas nos contraditórios da sociedade. São recursos, interpelações, embargos, habeas corpus e até já criaram o habeas corpus preventivo.

Isso para o cidadão que tem dinheiro, porque o lascado, aquele bem fuzileque, rouba um frango para matar a fome, é obrigado a confessar até que foi o responsável pela queda do telhado de vidro e, em 3 dias, já está na casa de custódia. Mas aquele que tem recurso, é diferente. O seu acesso a bons e influentes advogados , dão a ele a garantia de que poderá pagar, mas vai levar muito tempo, de preferência que o seu delito seja prescrito por decurso de prazo.

Se fizermos uma retrospectiva vamos constatar que nos últimos 30 anos, não se tem notícia de ninguém que estivesse preso por corrupção. Na sua maioria, ou os processos foram arquivados ou "descansam" nas gavetas profundas dos tribunais.

Não somos nenhum guarda-livros ou auditor. Todavia, estamos convictos de que um bom controle dos recursos que entram e principalmente dos que saem e em que são gastos, vendo o seu custo benefício, transformaria nossa Campos dos Goytacazes em uma Prefeitura Modelar para o resto do País. E quem isso fizesse teria feito a maior propaganda séria de auto promoção política, o credenciando a ter sucesso em qualquer disputa eleitoral em que se lançasse candidato.

domingo, 20 de abril de 2008

Arte contemporânea 1


Arte Contemporânea




Aqui está uma sugestão para os últimos políticos que ficaram à frente dos destinos de Campos dos Goytacazes, colocarem na sua Sala de Jantar, seja em que lugar for, Campos, Guarapari, Rio de Janeiro, Cabo Frio, Miami....

Chega de Palhaçada

Aliás, companheiro Renato, para sermos justos o movimento foi lançado no Blog Urgente

sábado, 19 de abril de 2008

Incertezas

A cidade de Campos dos Goytacazes, hoje acorda estarrecida. Quem é o seu Prefeito. Mocaiber ou Roberto Henriques? Será que teríamos que seguir a idéia daquele ex-deputado e emancipar Guarus para acomodar os dois? Tudo isso porque os Vereadores, quase todos, não fizeram o seu dever de casa - fiscalizar os procedimentos do Executivo que foi afastado pela Operação Telhado de Vidro. Excelente a ocasião para o cidadão de bem - e são muitos - aqueles que não vivem conectados nas tetas gordurosas dos cofres do Município, aqueles que levam para casa o seu sustento exalando o seu próprio suor - se mobilizarem e, nas próximas eleições eliminarem esses maus políticos que enxergaram na política um grande negócio e, em nome dele, perderam a sensibilidade, o respeito às leis e a consideração com a população.

Já que eles não vão fiscalizar nada mesmo, uma vez que seria uma autofagia, e se econtrariam também envolvidos, vamos incentivar o MPF, a PF e, quem sabe o próprio MPE para continuarem as suas ações cidadãs.

Nas próximas eleições a expectativa é de que o voto seja bastante valorizado no seu convencimento e o eleitor já começou a entender que o valor que lhe é oferecido em troca do seu voto não resolve sequer os problemas daquele dia, enquanto que nos outros quatro anos, vai ficar de fora, assistindo a toda essa desavergonhada atuação daqueles em quem ele votou, por isso ele cobrar mais caro, ciente que para isso os recursos já devem ter sido estocados .

Eleitores, neste outubro de 2008, se alguém lhe oferecer alguma coisa, saiba que esse não é o seu melhor candidato. Pesquise, pergunte. Vamos varrer esses maus políticos da nossa cidade que tem tudo para ser um modelo diferente para o resto do País e melhor para todos nós.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Parabéns MP

O que está acontecendo em Campos tem que ser colocado única e exclusivamente na conta dos Vereadores. E eles deveriam se envergonhar disso. Esperar para Justiça e Polícia Federal tomar iniciativa é uma demonstração de burrice. Será que imaginaram que não cairia sobre eles, também. Pois é, fecharam seus olhos e não cumpriram o seu papel constitucional, que é de fiscalizar o Executivo. Há quanto tempo a Câmara Municipal não tem uma oposição à altura para se contrapor a esses fatos.Nos impressiona a forma e os meios através dos quais eles são convencidos a dar governabilidade ao Prefeito. O MP anuncia desvio de 240 milhões e olha que um volume de dinheiro desse não deveria passar despercebido por eles. Vai aqui uma sugestão para que a blogsfera comece a divulgar o nome (bancada governista) daqueles que não cumpriram o seu papel, para que os eleitores de Campos não votem mais neles. Enquanto isso, não podemos esquecer de colocar na conta honrosa do Procurador Federal todos os bônus. Esse é um cidadão macho.

domingo, 13 de abril de 2008

Tá bichado ou tem marimbondo no pé

Estivemos há alguns dias na casa de um Professor aposentado. Pescador antigo, de poucas mentiras e daquele tempo em que havia rios para pescar. Com os seus afazeres diários, para ocupar o tempo que, às vezes ,teima em oferecer dificuldade em passar. Lá estava ele agarrado em sua plaina de mão, a esboçar uma peça que estava na sua cabeça e a mão obediente seguia a perícia do projeto.
Foi inevitável. Nós já o havíamos interrompido. Mas com isso ele nem se incomodou, apenas virou-se para nós e sorriu.
- Olá, gente boa, chega pra cá. O outro cachorro está preso!
Entramos e fomos logo dar uma espiada em uma das suas raridades - um pé de coitê, que tem no fundo do seu quintal, de onde retiramos seus frutos secos, para fazer artezanato com suas cabaças. Ao chegar à beira do muro, para ver o nosso tesouro, que surpresa! Do outro lado, talvez fora da vista do vizinho, por estar escondido entre o pé de jaboticaba e as folhas de uma mangueira, lá estava o velho pé de laranja natal, todo viçoso, com giagantes frutas ja acizentadas de tão maduras, eram mais de três dúzias, imaginamos nós. Viramos para o Professor e indagamos:
- O que é isso, amigo?
- Um pé de laranja madura!
- Mas?!
Ficou um tempo quieto, a olhar para nós e para o pé de laranja. Quando o seu olhar cansado, se detalhou em nós, como uma etiqueta de um filme que a vida lhe guardava na alma, balançou a sua cabeça afirmativamente. Naquele instante deve ter passado em nossas mentes a mesma resposta. Ele apenas continuou a nos olhar e nada falou.
Voltamos para a sua bancada, onde ele voltou ao trabalho, empunhando uma lima e um formão e nem se amolou com o incômodo da nossa visita. Enquanto nós o observávamos lembranças passaram pela nossa cabeça. Lembramos dos nossos pais que, quando chegávamos em casa com alguma coisa diferente, nos perguntava onde a tínhamos achado e nos mandava colocar de volta, porque ela não nos pertencia.
Ali na nossa frente estava alguém que não lançava mão daquilo que não era seu. Alguém que ainda cultivava o grande princípio da convivência harmoniosa e pacífica do compreender e respeitar o que é o outro e o que é do outro.
Afinal, pensamos, excelente pessoa para tomar conta do mundo. Fomos embora pensando naquele pé de laranja que não estava bichada, nem tinha marimbondo no pé. Mas que continuava lá a espera da colheita do seu dono.
Já no portão, indagamos:
- Professor, e a política?
- Deixa isso para lá, está cada vez pior, melhor ficar de fora dessa sujeira!

Santa Casa, Misericórdia!

Santa Casa, Misericórdia!
Em teu ventre fiquei,
por um tempo que não desejei.
Horas, dias, sem dimensão,
conviver com você parece um século.
Teu corpo imóvel, retilíneo
me detinha com estranho afeto,
por um longo tempo me gerando,
como se fosse seu feto.
Abrigas em teu corpo
vidas, almas, sortes, desgraças e fim.
Teu cliente pode ser qualquer um.
A hora chega e você é o refúgio.
Lugar certo para as incertezas.
Teu leito é a saída ou apenas o limiar.
A hora e o agora podem ser o último.
A espera, daqui a pouco,
é a porta ou a pedra.
Trabalhas com vida e morte,
com a simplicidade de quem é íntimo
e as vezes não ligas
para o que no ventre levas.
Casa, enquanto me recebe
Santa, quando estou de saída
Misericordiosa, quando me protege
e me devolve para a vida.

Marceneiro poeta

Sento-me à Praça
em um banco sem graça.
Tão logo, percebo:
- que desgraça!
é de madeira sem lei
comido pela traça.
À espera estou da freguesa
que ao banco foi buscar dinheiro.
Que Deus a livre do assalto
e do relâmpago.
Me trazendo os recursos para
o serviço a fazer, com certeza,
exige uma certa riqueza,
a casa, mesmo antiga,
tem aspecto de nobreza
Cristina, a dona, não por menos,
posso dizer com franqueza,
combina com a casa
em sua realeza.

Mutirão virtual

O que é preocupante na política em Campos é que alguns empresários vislumbraram que é melhor investir nela do que na planta de uma indústria. A primeira tem uma matéria prima excelente. Uma população carente, alguns com o cérebro deslocados, o que os fazem pensar com o estômago e que são facilmente cooptados na hora do voto (de 50 a 100 tem conversa).A segunda é um vôo no escuro. Investir numa Indústria, com as incertezas que a globalização oferece é uma temeridade. Além disso, uma carga tributária acima da média mundial e que parece ainda não saciar os governantes dá a eles a incerteza de investir no negócio. Aí, qual a grande sacada. Investe-se alguns milhões, chega-se ao Poder, de preferência de uma cidade como Campos (l,5 bilhão), toma conta do cofre, distribui sonífero para os vereadores, toma como aliado um grande jornal da cidade, e tá feito um bom negócio.O que nos angustia é que muito de nós temos essa visão. Em torno de 30% dos eleitores de Campos não dependem das bênçãos do Prefeito e pensamos um novo modelo de política para a Cidade. Como fazer isso é que é a grande questão. Como juntar toda essa turma. Tem companheiros que viram a cara para o possível e eficiente trabalho que se pode fazer através dos Blogs. Apesar de nem todos terem computador em casa, quem sabe essa não seria uma forma de nos transformarmos em agentes multiplicadores, num grande mutirão, sem vaidade, sem ansiedade. Quem sabe nessa eleições já não poderíamos fazer um teste que culminaria com um grande encontro aí já fora do mundo virtual.
8:18 AM

sábado, 12 de abril de 2008

De volta

Uma saudação afetuosa a alguns poucos, porém importantes visitantes deste pedaço de mídia. Estivemos fora do ar por um bom tempo. Hibernados, ficamos a observar os acontecimentos seja na grande imprensa, como também em diversos blogs como o do Ricardo André, do Márcio, Fábio Siqueira, Roberto Moraes.
Em dezembro participamos de uma eleição interna dentro do PT. A disputa foi muito mais para se estabelecer o debate político do que simplesmente chegar ao comando do Partido. Foi uma ótima experiência. Ao mesmo tempo empolgante e decepcionante. O fascínio que o poder, mesmo que em escala menor, exerce sobre as pessoas é impressionante. Aí você observa o permissionismo,o achismo, o relativismo e a decepção com as pessoas.
Nosso grupo recebeu o apoio importante de figuras políticas como Godofredo Pinto, Cida Diogo, Luciano Dangelo, Roberto Moraes, Fábio Siqueira, Robson Siqueira, Guilherme Pacheco e a sua juventude, o núcleo de Goitacazes do Isaias Pacheco.
Enfim vários companheiros que sinalizaram com a esperança de fazer a mudança de rumo necessária dentro do PT. Não foi possível, no entanto, o resultado foi ótimo. Sem máquina e sem recursos, hoje ocupamos onze cadeiras no Diretório Municipal, incluindo duas na Executiva. Somos a maior bancada e uma oposição atuante e responsável.
Vencidos naquela disputa interna, onde alertávamos quanto ao equívoco da celebração de uma aliança com um governo sob suspeitas levantadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, estamos vendo hoje tudo se confirmando através da Operação Telhado de Vidro e nós do Partido em uma situação incômoda de ter entrado no governo Municipal na hora errada e saído também na hora errada.
Mas em política tudo é muito dinâmico. O cenário muda a cada instante. O que não pode mudar são as pessaos que devem manter, no mínimo, a sua coerência.

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