sábado, 31 de maio de 2008

A esperança é de que depois dessa longa noite de pesadelos, os maus políticos sejam eliminados nas urnas e que em um novo amanhecer, possamos enxergar além dessa escuridão novos gestores públicos, que sejam dignos de representar a parte maior e mais nobre da nossa população.

Amanhã eu Escrevo




quarta-feira, 28 de maio de 2008

Do jeito que você me olha, vai dar namoro?



Estivemos no Seminário do PSDB. Excelente iniciativa nessa convocação da sociedade para se interessar mais por política. Um verdadeiro namoro. No aspecto da oratória, até que foi muito bem, com algumas exceções, os bons continuam bons e aqueles que não tem o cacoete, estão melhorando. Ao nosso ver, do jeito que os possíveis nubentes se olham, pode até dar em namoro, no entanto, a população que é o pai e mãe da namorada/cidade de Campos, não sei se deve estar fazendo muito gosto com os moços que estão pedindo a mão da sofrida balzaquiana por núpcias anteriores mal celebradas e por interesse em surrupiar os seus cofres, em um autêntico golpe do baú.

Ao primeiro flerte, faltou aquele arrepio, aquela molenguesa que naturalmente se sente nesses amores à primeira vista: o toque mais charmoso que pode envolver uma união que ultrapasse tanto a sorte quanto a dor - a moralização da administração pública. Sabemos que nos primeiro encontros determinados assuntos são como broxantes e a corrupção funciona como um mau hálito que pode até inviabilizar um namoro eterno. Mas é inevitável, tem que se falar logo, sob pena de ter que ficar com a mão na boca pelo resto da vida, com medo de falar e exalar o mau cheiro.

Tem se a mania de academizar por excesso o debate e esquecer o que é mais importante - a idoneidade, o saber gastar o dinheiro público - nesse romance cívico para administrar uma cidade. Nas mãos do acadêmico mal intensionado, o orçamento pode ser até de 5 bilhões que não dá. Todavia, nas mãos de quem respeita o que é dos outros e o que é o outro, esses 1,5 bilhões dão de sobra e talvez até levar a namorada/cidade ao cinema e depois para jantar.

Até o FUNDECAM foi citado como exemplo de excelente modelo de gestão pública. Uma ova, meus caros debatedores. E como fica a inadimplência dos que tomaram dinheiro e deram o tomé nos cofres públicos, deixando vazios não só os galpões como a esperanças da população. Não se falou na criação de um conselho comunitário que fiscalizasse o uso e o retorno dos recursos fabulosos que nele são fomentados. Aí, restam o porre da Cana Brava e a porrada do rolo de macarrão da nascimorta na cabeça das viuvas da Duvenuto, na Baixa Grande. Falou-se que a exemplo do comércio, quando você trata mal o cliente ele vai embora e não volta. No entanto, a nossa população é até bem tratada com muitos shows. Mas quando cessa o último acorde das bandas, duplas e conjuntos, sobram a ressaca e o desconforto de que a maior parte dos recursos neles investidos foi para o bolso de poucos, não resultando em desenvolvimento, nem sequer crescimento cultural daqueles que os frequentam.

Não vai aqui prejulgamento nem sequer juizo de valores. No entanto, ao nosso ver, do jeito que nos olhamos pode até dar namoro, mas não aquele romance que inspira o "foram felizes para sempre". A cidade/namorada é maior que nós e os gestos de carinho, amor, responsabilidade e principalmente honestidade para com ela também tem que maiores.

Aí sim, meus caros palestrantes, pode até ser um insipiente ou incipiente gestor público. O remédio vai começar a aparecer nos postos médicos, as consultas vão estar à disposição para o dia em que a população sente a dor e não para possivelmente ajudar no seu enterro. O ingresso do paciente nos hospitais terá um leito respeitoso e não o corredor humilhante dos hospitais públicos, levados por amigos, porque até as ambulâncias sumiram nas manutenções milionárias. O trânsito será melhor organizado por aqueles que tentam em vão resolver o problema das vans.

A educação de qualidade colocará em salas iguais o estudante pobre e o rico, dando acessibilidade as Universidades, sem a necessidade da irresolvível questão das quotas. O emprego no município terá maior sustentabilidade com uma seleção e acompanhamento criteriosos dos recursos e renúcias fiscais fomentados pela municipalidade. A natureza irá agradecer se tanto o Executivo como o Legislativo cobrarem dos responsáveis pelo serviço concedido que ainda continuam jogando o esgoto in natura nas águas do nosso paraíba e quando a queremos beber, não há ISO que nos livre de ter que comprar galões de água mineral e purifique o seu santo líquido. Até a violência diminuiria, se a mãe/cidade/namorada tivesse como atender as necessidades básicas dos seus habitantes, retirando da clandestinidade e do tráfico os atuais e futuros filhos que buscam o seu ganha pão. É relevante o Partido, mas essa possibilidade de namoro eleitoral talvez deva se estender para outras siglas, como o PMDB, que esteve afastado do poder público municipal pelos últimos 10 anos, priorizando a questão da corrupção, de modo a dar a essa possível aliança o glamour e seriedade de um grande romance cívico.

domingo, 25 de maio de 2008

Será que me fizeram de Palhaço?


Tenho visto com uma certa frustração a guinada repentina dos blogs que se encarregaram de estartar o Movimento "Chega de Palhaçada". Ás vezes chego a imaginar: será que me fizeram de palhaço? Pouco se vê falar em qualquer outra iniciativa para dar densidade e sobrevida ao movimento. Penso que também os bloguistas, de alguma forma, também se desencantaram.

Como exemplo, o blog Urgente, ultimamente tem feito uma viagem pelo mundo da fotografia, linda por sinal, porém desviando todo o foco inicialmente incentivado pelos jornalistas que o compõem. Salvo engano, e isso é mais provável, alguma coisa aconteceu para que essa letargia se instalasse e nos fizesse companhia.

Não teria sido porque projetamos um vôo um pouco alto, sem a devida sustentabilidade da sua execução? Talvez devêssemos redirecionar o norte e talvez nos concentrarmos em uma terceira via que passagem pela garantia de elegermos um vereador ou mais vereadores (não importa o partido). Até porque Partido por Partido, se olharmos a sua filosofia e ideologia não dá nem para explicar as aberrações que hoje presenciamos. Alguém com um perfil de compromisso com a 3ª via, com um mandato com apoio popular ( dos bloguistas e entidades que se afinassem com a sua conduta que imaginamos seria independente, denunciativa e cumpridora do papel primeiro de um vereador), cuja visibilidade o credenciaria para um futuro não muito distante. Nomes já foram citados.

A grande questão é que aquela idéia inicial do surgimento de um nome que pudesse representar a 3ª via, sempre esbarrou, ora em questões orgânicas internas dos partidos, envolvendo maioria ou caciques, ora na ausência do espírito de renúncia de alguns nomináveis.Em meu blog coloquei duas histórias, que muito bem ilustram a sugestão. Deve existir entre nós pessoas de bem, idôneas, com tempo disponível, com relativa independência financeira, parece utopia mas não é, que pudesse se lançar, eleger-se e buscar todos os recursos inerentes ao cargo,que seria administrados por um conselho, para fazer crescer o movimento, como incubadora para a eleição de outros do mesmo naipe.

É claro que a nossa angústia nos leva a imaginar projetos mais ousados. Mas, diante dessa impossibilidade, por que não lançarmos mão do possível. De minha parte, quero garantir: Para um projeto dessa natureza eu garantia pelos menos um cem votos. Motivos e empolgação certamente teríamos para tal. Quem mais se habilita. Se formos 100, na média, teríamos em torno de 8 mil votos. Não é difícil conseguir esses votos. O que falta é a credibilidade, o passado limpo, a proposta sem personalismo, o querer o bem coletivo. Devo adiantar esse nome não seria o meu. Mas podem contar com o meu apoio.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Política e Futebol Duas Histórias que Podem ser lguais




PRIMEIRA HISTÓRIA




Zé do Povo fora dormir tarde naquele sábado. Afinal separar chuteiras, calções, meiões e as bolas, tomara um bom tempo seu, depois que chegou em casa. Bem aposentado, com bom salário e uma boa suplementação que conseguira após 30 anos de trabalho em uma Estatal, sua renda era complementada pela fundação da sua antiga Empresa, o que lhe dava uma boa folga no orçamento e independência financeira

Para ocupar o tempo ocioso, era uma voluntário na Escola Pública do bairro, onde fazia pequenos serviços de marcenaria, bombeiro hidráulico e pintor de paredes. Ao dormir, sua cabeça estava voltada para o final do campeonato soçaite para amadores, onde sua equipe chegara a partida final, com bom desempenho, o que lhe impedira de ter uma boa noite de sono. Mesmo assim, acordou com muita disposição. Após tomar o seu café, colocou o material no carro e partiu para o campo onde seria disputada a final.

Não abriu mão da sua tarefa de distribuir as camisas. Tinha muito prazer em entregar a camisa 10 para Afrânio, o artilheiro do time, que já estava sendo sondado para jogar em um clube profissional. E, mais uma vez, ele não decepcionou. Aos 40 minutos do segundo tempo ele mexeu no placar, fazendo um belo gol, que dava o título ao seu Esperança Futebol Clube. Com o apito final, ele teve a experiência de ver o mundo de cabeça pra baixo, ao ser lançado para o alto pelos jogadores do seu time, prestando-lhe a devida homenagem pela dedicação e apoio que dava a todos os membros da equipe. Depois que os jogadores tomaram banho, ainda no vestiário ele anunciou.

- Na saída, passem todos na mercearia do Sr. Gomes para a gente comemorar o título.

E isso tudo ele fazia, com muito prazer, arcando com a maioria das despesas do seu bolso, só pela satisfação de ver a bola rolando e pessoas felizes atrás dela.


SEGUNDA HISTÓRIA

Antonio Beque era vereador na Câmara Municipal da cidade. Naquele dia estava exultante de alegria. Mesmo em minoria, ele havia conseguido fazer aprovar o seu projeto que criava o Conselho Comunitário de Controle dos Gastos da Prefeitura. Com a sua aprovação, o projeto limitava as ações do desastrado Prefeito, uma vez que o orçamento passava a ser participativo, com uma atuação direta da população, dizendo o que gastar e em que gastar, estabecendo prioridades. Esse seu projeto já estava engavetado na Secretaria da Câmara, há mais de 4 meses. Foi quando pediu a população que o elegeu para fazer manifestações em frente à sede do Legislativo Municipal. Panelas, apitos, buzinas, quase impediam o discurso do orador que se dirigia aos vereadores, cobrando deles a aprovação do Projeto. Mas valeu a pena, era a quarta vez que aqueles quase 600 manifestantantes de bandeiras em punho pressionavam .

O Prefeito acabara de ser avisado por telefone pelo líder do Governo que o Projeto fora aprovado.

- É Sr. Prefeito, não teve jeito, o homem tem o apoio do povo!

Antonio Beque já estava no seu segundo mandato, sendo o mais votado da cidade. O seu partido, durante esses anos, havia aumentado em muito a filiação aos seus quadros. Afinal muitos queriam pertencer ao mesmo partido daquela liderança que já se tornara ídolo na cidade. Além disso, todos os recursos advindos do exercício do mandato, incluindo o seu salário, eram destinados ao crescimento do Partido e a ajuda a projetos comunitários da sua cidade.

Muitos o questionavam, alegando que todo aquele dinheiro poderia dar a ele e aos seus familiares uma vida com mais conforto e ele poderia viajar a lugares mais distantes, inclusive para o Exterior. Mas Antonio Beque tinha outras alegrias, que eram compartilhadas até pela sua família. A de ver o seu município, mesmo a contra gosto do Executivo, administrar os recursos públicos em benefício da população. E ele, indiretamente, se beneficiava já que a saúde, a educação, a segurança e os empregos na sua cidade, estavam bem melhores do que a cidade vizinha.


A NOSSA HISTÓRIA.

A cada vez que vejo na televisão um político dizer que acaba de ser escolhido o melhor prefeito do Brasil e, ao mexer na televisão, ver em outro canal um político de outro partido dizer o mesmo, não me impressiono. Na realidade nós sabemos quais motivos que levam esses institutos a dar esse título para dois políticos diferentes.

O que me impressiona é o desânimo e o desinteresse dos homens de bem chegando ao ponto de deixarem nas mãos dos canalhas a condução da política que, em última instância, é reflexiva sobre a vida de todos eles, influenciando sobre a saúde pública que colocam a sua disposição, hospitais sem vaga, ambulários sem datas para consultas e farmácias públicas sem remédio. Com esse desinteresse dos homens idôneos, a violência cada vez mais se acerca dos seus muros e ameaça constantemente pular para dentro das suas casas e roubar até o que de mais valoroso eles e a sua familia tem - a vida.

Quando o homem honesto deixa por conta dos malfeitores, dos saqueadores dos cofres públicos, a condução dos destinos da sua cidade, a escola pública sem professores e sem qualidade e constantemente em greve, é o que está reservado para os seus filhos, enquanto os políticos e seus apadrinhados frequentam, via "bolsas de estudos" as melhores escolas particulares e universidades, em uma total inversão de valores.

Aí, companheiros bloguistas, a exemplo da segunda história, deve haver entre nós e vou logo adiantando que essa pessoa não sou nem serei eu, a não ser que me obrigem, um "Antonio Beque" que possa materializar essa história, destinando parte do seu tempo para tocar um projeto similar, até porque a jornada de trabalho dos vereadores não passa de no máximo 24 horas por mês, assim mesmo para fuzilarem os interesses da população.

Está lançada a sugestão para ser discutida na Rede Blog. Só peço que não me chamem de louco ou de sonhador. Mas alguma coisa tem que ser feita e podem contar comigo. Chega de Palhaçada.


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Política - o tempo é curto para conversas longas


O tempo de conversar está se esgotando e os entendimentos estão acontecendo. A imprensa anunciou e eu quero confirmar. Estivemos, sim, com o Roberto Henrique. Até porque, como justificam, o PMDB também faz parte da base aliada do governo federal. O que importa não é somente isso, mas sim que as discussões devem passar obrigatoriamente pelo fim da corrupção na politica de Campos e não pelo fato de fazermos vereadores. Não adianta fazer aliança pura e simples com quem tem gosto pela falta de escrúpulo, esquecendo-se dos compromissos e cumplicidades que desse tipo de acordo advêm, podendo gerar novos sonolentos na Câmara. Algumas intervenções pontuais tomadas pelo Roberto Henrique nos 43 dias de governo, nos animou a sentar com ele para esse tipo de conversa. Sabemos a priori que a indicação do seu nome passa irremediavelmente pela aquiescência do Garotinho. E ele não vai dar a vaga a quem quer e sim a quem ele achar o melhor e nessa opção o que vai apontar são as pesquisas. A indagação continua muito presente na nossa avaliação. Candidatura própria vai depender das pesquisas. Para se consolidar uma aliança, o grande impeditivo continua sendo a questão das siglas envolvidas abrirem mão das titularidades.Aí voltamos aquele velho tema: o da construção de uma alternativa que suplante todas essas conjecturas e que se constitua no novo que seja moral, idôneo e competente. A expectativa criada pelo "Chega de Palhaçada", infelizmente ficou aquem do que se produziu dentro de um tempo que insiste em não nos dar tempo...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Respondendo a Postagem II

Quanto à indagação de outro anônimo. Quero ressaltar que fui e sou um dos maiores entusiastas desse Movimento"Chega de Palhaçada", pela forma como ele surgiu - expontânea, sem caciques a dar ordem, sem chapas brancas a financiar - legítimo. Sou um dos que questiona o motivo pelo qual ele esfriou. Na minha avaliação, quando inclui o ingrediente Partido Político nos questionamentos, até porque essa é a via institucional para a materialização de qualquer projeto houve um esfriamento , tendo as discussões ficado tão somente nisso. Entendo que as duas atividades podem caminhar em paralelo, até como balisamento para as discussões internas nos Partidos. Quem der um espiada nos blogs, sugeri e não encontrei ressonância a inclusão dos Estudantes (não aqueles que são financiados pelos 3 grupos para montar cenários de contendas absurdas, incluindo o embate com Xana Carla), que dariam maior densidade ao movimento e eles são, em última instância, os grandes interessados em uma política e políticos de melhor qualidade, até porque o futuro os aguarda. E quando ele chegar, deverá haver maior empregabilidade, mais saúde, mais educação e menos violência. Também sugeri um protesto em dia de sessão da câmara, com panelaço, a fim de acordar desse sono profundo, os vereadores responsáveis por todo esse desastre cívico e policial da cidade. Independente do Movimento, tinhamos que tocar a vida interna do Partido do qual sou Secretário Geral. Mas a vontade de voltar ao Chega de Palhaçada é enorme e espero que ele não morra. Até porque para o futuro, se conseguirmos eleger algum vereador que tenha o nosso perfil, possamos usar dessa mobilização para dar a ele o apoio necessário na sua atuação naquela Casa, seja através de apoio a Projetos por ele lançados ou a protesto quanto ao engavetamento dessas mesmas proposições. Independente do andamento das conversas e/ou negociações que estão acontecendo, esse movimento deveria continuar da mesma forma, apartidário, embora a maioria dos seus componentes pentençam a alguma sigla.

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