Com todo o respeito que devemos ter pela pessoa falecida do sr. José Carlos Vieira Barbosa, e seus familiares, marquetizado como ZB, e que teve o seu nome marcado na história de Campos, onde ocupou por três vezes o nosso Executivo e as homenagens que costumeiramente se presta as pessoas públicas, o momento enseja uma pequena reflexão.
A diferença que existe entre um servidor público municipal e um Prefeito está apenas na forma como eles chegam a ocupar esses cargos. Um é concursado e o outro é pelo voto. O compromisso deveria ser apenas o que concerne ao desempenho de suas funções e a remuneração oficialmente o que vem impresso em seus contra-cheques, com uma correspondente equivalência cartorial dos seus bens.
No entanto, a sociedade, meio masoquista começou a exaltar e idolatrar de uma forma impressionante os feitos produzidos pelo segundo, principalmente quando morrem, quando na verdade eles não cumpriram mais do que o seu dever.
E poucas vezes nós vemos homenageados servidores municipais que cumpriram séria, honesta e diariamente suas jornadas quando aposentados. E aí a diferença é gritante, quando eles desobedecem o regime disciplinar, é o inquérito administrativo ou a rua. Equanto o outro tem ao seu favor quase sempre uma Câmara silente e compromissadamente vesga.
Aos familiares do senhor José Carlos Vieira Barbosa, mesmo sem gozar da intimidade para me sentar com eles em baixo da famosa jaqueira e manifestar minhas condolênicas, quero pedir licença para refletir um pouco.
O que se gasta em propaganda para anunciar o que não é mais que obrigação do Executivo e o impressionante e desnecessário cultuamento desses feitos, fogem a todas as justificativas que se possam produzir. Será que não corremos o risco de aparecer algum amigo ou fã mais fiel desses políticos e querer pedir ao Vaticano que os canonize e que uma estátua de índio passe a ser um local de peregrinação.
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