sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Pensei que não ia ver mais


Estive ontem em São João da Barra. Aliás, sempre que posso, dou uma chegadinha até lá, após dar uma espiada no Pontal, cada dia diferente, por força da vontade do mar. Desta vez, um fato interessante me surpreendeu. Estávamos nós a procura do carnavalesco do Gil Wagner, do Chinês. Após perguntarmos a algumas pessoas nas ruas, fomos informados que a sua casa ficava próxima à Praça São Pedro, mais para o lado do Paraiba. Ao chegarmos à Praça, nos deparamos com um senhor de meia idade, a consertar a sua motocicleta em meio a algumas peças espalhadas pela calçada. Tão compenetrado, ele só nos ouviu na terceira vez que o chamamos. A expectativa inicial foi de que o mesmo não nos atenderia ou que diria que não sabia quem era. Com uma calma incomum, ele deixou a chave inglesa no chão, levantou os seus olhos e nos pediu com a palma da mão que esperasse um pouco. Já ficamos preocupados será que nos mandaria para algum lugar, por o estarmos aborrecendo em uma hora tão imprópria. Após alguns segundos, ele se levantou e sem dizer uma só palavra, fez um sinal com a mão para que o seguíssemos. Logo a seguir, começou a acelerar o seu passo, imprimindo a ele um pique de maratonista. Percorreu por mais de uns cem metros e nós o seguindo de carro. Dobrou a primeira esquina e parou em frente a um prédio de dois pavimentos, apontando com o seu indicador que era ali. Virou se para nós e se despediu com um boa tarde, voltando para o seu conserto. Enquanto falávamos com o Gil, a imagem daquele senhor do qual não sabíamos sequer o nome não nos saía da cabeça. Toda aquela hospitalidade e gentileza eu pensei que não iria ver mais. Terminada a conversa com o carnavalesco, passamos de volta pela Praça São Pedro, para saber quem era aquele senhor. Não mais vimos nem ele nem a sua motocicleta, lá já não estavam. De volta para Campos, a atitude daquele cidadão continuava na nossa cabeça. Os fatos diários mostrados pelos jornais e pela televisão, já estavam a nos dar uma certeza de que quase tudo está perdido. Os homicídios diários a nos dizer que banalizaram a vida. Os desvios do dinheiro público e o mau caratismo dos políticos a sinalizar que a democracia e a gestão pública é tão somente um meio de vida para os canalhas enganarem a população trouxa. Os experimentos dos Economistas Oficiais encurtando cada vez nossos salários e esticando os meses e os impostos.

4 comentários:

Anônimo disse...

e aí meu amigo! sumiu! e aí em campos, quem ganha essa parada porca de eleições. me mande notícias de todos aí. Rapaz, nada mais me surpreende, já vi tudo, até chover prá cima. e a família como vai? e o sinttel já teve eleições? aguardo seu contato. do amigo r.fonseca.

Anônimo disse...

e aí meu amigo! sumiu! e aí em campos, quem ganha essa parada porca de eleições. me mande notícias de todos aí. Rapaz, nada mais me surpreende, já vi tudo, até chover prá cima. e a família como vai? e o sinttel já teve eleições? aguardo seu contato. do amigo r.fonseca.

felixmanhaes disse...

Por ser candidato a Vereador, não está muito claro se posso ou não emitir opiniões sobre o assunto. A família vai bem. Um grande abraço,

Anônimo disse...

meu amigo passe um e-mail me contando tudo e o seu número pois ainda voto aí com a família. abraços. r.fonseca.

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