domingo, 22 de junho de 2008

Nas mãos do eleitor


O tempo de conversar, compor, convergir, projetar, está se esgotando. Vários partidos estão fazendo reuniões diárias, na expectativa do sucesso eleitoral. Depois do dia 30, a sorte de Campos dos Goytacazes, por mais 4 anos, estará lançada. As expectativas continuam as mesmas. Serão mais 4 anos a serem somados aos muitos que já demos como perdidos ou vai haver a possibilidade de, a partir de janeiro de 2009, estartar um grande projeto de recuperação desse tempo perdido.

Para o novo gestor, muito tem que ser produzido e um dos ítens mais importantes para essa nova gestão, é o fim definitivo da corrupção e do desvio dos recursos públicos. Feito isso, vai sobrar médico nos ambulatórios e hospitais, remédios nas farmácias e uma população preventivamente com mais saúde. Na educação, a expectativa é de menos suntuosidade nos softwares e prédios das escolas e maior prestígio aqueles que tem a incumbência de ensinar, dando-lhes melhores condições de trabalho e remuneração. Maior qualidade e quantidade no material didático, uniformes e merenda vai certamente produzir melhoria nos índices pífios que a Educação apresenta no Município. E por aí vai todo um processo de recuperação do tempo perdido. Os postos de trabalho terão que ser menos virtuais e as empresas mais sólidas e responsabilizadas pelos recursos públicos nelas investidos. Enfim, a cidade poderá crescer, socializando esse desenvolvimento para toda a população.

As pesquisas mostram uma grande insatisfação da população com os políticos que até agora comandaram a administração da cidade e a expectativa de mudança é muito grande. Todavia, outros aspectos tem que ser considerados e são desanimadores.

Com a falência e submissão da instituição Câmara Municipal , quase toda ela cooptada pelo Executivo, evidenciada pelo silêncio sepulcral dos seus representantes se esperava da Justiça Eleitoral maior rigor na aceitação ou não dos candidatos que tem ficha suja. No entanto, há interpretação diferenciada entre as suas instâncias. Uma acha que deveria impedir no ato do registro a candidatura desses candidatos. Outra, entende que para se respeitar o preceito constitucional da ampla defesa, esse registro só pode ser negado depois dos processos terem sido transitado em julgado. Com isso, fica evidenciado que a maior parte dos candidatos com ficha suja, terão garantido, mesmo que sob recurso, o registro da sua candidatura. Quanto ao transitado em julgado, como a Justiça é extremamente lenta e muitas das vezes essa morosidade é provocada pelos recursos que a própria lei criou para os réus, todo mundo sabe que a maioria dos julgamentos, quando ocorrem, o político já não está mais no cargo ou até vivo.

Outro aspecto que desanima, como grande impeditivo para uma possível alternância do poder, aconteceu nesta semana. A Justiça acaba de anular as medidas produzidas pelo TAC que o Prefeito Roberto Henrique, em obediência à mesma Justiça, promoveu nos 43 dias em que esteve à frente da Prefeitura. Não que sejamos contra o emprego,mas a forma que esses postos de trabalho foram criados, à revelia dos concursos públicos. Mas a manutenção desses quase 15 mil terceirizados até janeiro de 2009, é a dúvida se alguma coisa irá mudar. A conta é simples, cada um terceirizado vai ter a obrigação de votar e arrumar mais 3 votos. Aí o candidato da máquina já sai com o mínimo de 60 mil votos. Para convencer os outros, os meios já são conhecidos de todos. Vai ser necessária uma fiscalização muito rigorosa. E, além disso, torcer para que essa indefinição se reverta na escolha do novo para comandar uma administração mais séria para os próximos anos. Áí, inevitavelmente, estaremos nas mãos dos eleitores. É torcer que os últimos acontecimentos na cidade os convençam da necessidade dessa mudança.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fonte segura acaba de informar que o PSDB (Feijó) foi chamado hoje às pressas ao RJO para um encontro com o Patrono Zito. A divisão que existe no Partido vai ser um dos temas do encontro. Enquanto isso, a Aliança com o PT fica cada vez mais distante

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