domingo, 21 de outubro de 2007

Essa é uma guerreira.

Hoje amanheci e me deparei com aquela figura feminina. Em pé, frente ao fogão, um pouco envolvida com o esvoaçar da fumaça do cheiroso café, ela nem parecia chateada com aquela rotina que se repete há mais de 14 anos.
Ela já havia me antecipado e ido à padaria, trazendo o pão quente e as outras guloseimas acessórias que o dinheiro curto, às vezes, proporciona. Me deu uma vontade muito grande de abraçá-la. Mas não o fiz. Achei que não teria o correspondente discurso para acompanhar o gesto.
Aí resolvi vir ao meu bloco de anotações para tentar dizer a ela alguma coisa. Você parece uma predestinada. Parece que a Divindade lhe confiou neste mundo inóspito uma missão muito dignificante. Tem sido assim com voce. Já frequentou ambientes glamurosos de alegres festas e falsas alegrias.
Na minha vida, um pouco mais sem aquele brilho, você chegou, não foi por um acaso. Alguma coisa estava escrita em que um acordo lhe confiara mais essa missão. Voce, embora não perceba e a própria rotina das adversidades da vida se encarregam de mascarar essa realidade, já alcançou e resgatou muita coisa, das quais eu sou testemunha e você, se parar para pensar, sabe. E é nesse descompasso entre o físico e o mental que resolvi hoje te homenagear. Você é uma guerreira, que não teme a guerra. . Mas, ao contrário, frequenta o campo de batalha, em busca vidas, de projetos e almas. Aqui neste plano, saiba, você talvez não tenha toda a paga pelo que você é e produz. Mas tenho a certeza, o prêmio maior está reservado para aquela que oferece honestidade e lealdade para aqueles com quem caminhas.
Um abraço que não dei, um beijo que certamente lhe darei e o reconhecimento que sempre terei com você, Suely Artiles da Silva, minha companheira de vida e lutas.

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