Mais uma vez a mídia não convencional coloca a nossa Campos com as suas vísceras expostas. São fatos, fotos e falas. E aí não dá para esconder as coisas. A velocidade e a competência das redes sociais estão ganhando uma eficiência e velocidade descomunal. Em segundos, do Chui aos Esquimós, do Oiapoque as Malvinas, todos ficam sabendo o que somos, fazemos ou deixamos de fazer.
São excelentes juristas, jornalistas, sociólogos, cientistas políticos que estão deixando em segundo plano a mídia secular que nem sempre tem a competência ou independência para mostrar os fatos. É um verdadeiro reality show que já se prolonga pelos últimos cinco anos.
Os eventos políticos com desdobramentos jurídicos e policiais estão a exigir de todos nós uma reação, já que nossa cidade está sendo mostrada ao Brasil e ao mundo por um lado que não gostaríamos de ser conhecidos. E não dá para silenciarmos nossa consciência e equecer que ao nosso lado ainda tem pessoas que não tem o trocado para o pão de manhã, e que suas dores abafam a vontade de reclamar de que não tem médico nem remédio.
Há uma necessidade urgente de reinventarmos a política, cuja relação candidato/eleitor fosse mais tranquila, pacífica e duradoura, sem os sobressaltos que nos faz perder o sono.
Afinal as instituições apesar de ao longo dos tempos, como o próprio processo político, estarem também adoecidas, elas ainda fazem parte de processo de vigilância e convivência democrática.
Era assim, por que mudou? De de um lado o candidato pede o voto, e em troca oferece apenas o desempenho com probidade e moral no cargo para o qual se elege. Do outro, o eleitor se dá por satisfeito e a permanência no poder se faz apenas por essa relação sadia.
Talvez essa mesma rede social por essa velocidade e competência poderia estartar esse processo de cura. Está bem perto, ao alcance das mãos. Quem sabe aprender a identificar ceder a vez para alguém que de preferência possa colocar o sino no gato.